Empresas do segmento de serviços industriais se preparam para a retomada da economia

Por Carlos Correa, Eduardo Aragon e Manoel Carnaúba |


Desde o início de abril, empresários brasileiros do segmento de prestação de serviços industriais têm se reunido para discutir as dificuldades trazidas pela crise da COVID-19 e sobre como se preparar para a retomada da economia e para o novo mercado que está por vir. As reuniões têm sido conduzidas e mediadas pela BrainMarket e já conta com a participação de mais de 40 empresas e o apoio de escritórios de advocacia e consultores especializados.

Nas reuniões, foram abordados problemas referentes às dificuldades de interlocução com os clientes sobre interrupções dos contratos, aplicação de penalidades contratuais, adequações sobre à nova legislação trabalhista (MP’s 927 e 936) para a redução do efetivo, aditivos contratuais para as medidas adotadas e adequações ao trabalho de home-office, entre outros. Temas comuns à todas as empresas.

Os debates deixaram clara a necessidade das empresas se unirem e compartilharem informações e recursos através de associações ou comitês que representassem seus interesses junto a contratantes, órgãos do governo e a outras entidades importantes para o segmento.

No último encontro foi formado um grupo executivo de trabalho para dar sequência às ações identificadas nas reuniões, que tem a missão de definir estratégias para renegociação dos contratos com clientes, fornecedores e trabalhadores, na tentativa de: manter empregos, pactuar custos inerentes à pandemia e rever cláusulas contratuais.

Para as próximas reuniões estão previstos debates sobre os passos necessários para a retomada da economia e sobre como as empresas devem se preparar, além de palestras com executivos dos setores e óleo & gás, química & petroquímica, mineração e papel & celulose.

O segmento de prestação de serviços industriais movimenta aproximadamente R$ 10 bilhões em negócios e é responsável pela manutenção e ampliação das unidades fabris de grandes indústrias como Petrobras, Braskem, Vale e Raízen, entre tantas outras. O segmento é composto por quase 700 empresas de médio e pequeno porte que empregam mais de 60.000 profissionais, desde operacionais da construção e manutenção até engenheiros de projeto. Todos altamente qualificados e que ainda resistem ao desmonte que as atividades de engenharia e construção vêm sofrendo há décadas. Se sua empresa faz parte desse setor e tem interesse em receber mais informações ou participar da iniciativa, envie um e-mail para contato@brainmarket.com.br.

Essa iniciativa, que vem se concretizando e recebendo cada vez mais adeptos, é mais uma mostra que o segmento não pretende desistir e quer sair mais forte dessa crise, acreditando na valorização da engenharia nacional.